novidade do futebol

Cartão laranja e outras novidades podem invadir o futebol neste ano
O jogador do seu time comete uma falta mais dura no adversário. O árbitro se aproxima dele e se prepara para mostrar o cartão. A partir deste ano, essa história poderá ter um final a mais. Além do amarelo e do vermelho, entra em cena o cartão laranja - que não apenas adverte nem expulsa definitivamente.
A novidade, que excluiria o jogador da partida por alguns minutos, será votada neste sábado pela International Board, na Irlanda do Norte, em reunião a partir de 6h30m (de Brasília). Se for aprovada, será a primeira grande mudança nas regras do futebol depois de nove anos. Outras propostas serão votadas. O intervalo de 20 minutos, a quarta substituição em caso de prorrogação e o direito do treinador de permanecer na área técnica são outros destaques.
Jogadores condenam cartão laranja
Arnaldo Cézar Coelho, comentarista da TV Globo, diz que as principais mudanças em pauta receberão o aval da International Board. Ele gosta das novidades e elege o cartão laranja como a mais curiosa. Mas é justamente a que promete causar mais polêmica entre os jogadores.
O botafoguense Reinaldo condena o cartão laranja: 'Sem chance de isso dar certo'
- É desnecessário - sentenciou Leo Moura, lateral do Flamengo.
O atacante Reinaldo, do Botafogo, foi mais veemente:
- Sem chance de isso dar certo. Os cartões amarelo e vermelho existem há muito tempo no futebol, e esse terceiro cartão tem mais a ver com outras modalidades.
Se os boleiros daqui estão reticentes quanto à novidade, o futebol italiano está aberto a ela. O ex-juiz Pierluigi Collina, atual chefe de comissão de arbitragem, afirmou que o país topa servir como cobaia para a experiência.
As mudanças que forem aprovadas passam a valer a partir de 1º de julho.
Oficialização do que já existe
As outras modificações nas regras são menos polêmicas e, em alguns casos, servem apenas para oficializar uma situação que já acontece com frequência. Permanecer na área técnica, por exemplo, já é uma realidade para o palmeirense Vanderlei Luxemburgo ou o atleticano Emerson Leão. Se a mudança vier, os treinadores agradecerão, e os juízes também. Seria o fim de um estresse para o quarto árbitro, que atualmente tem de pedir a toda hora para o treinador retornar para o banco de reservas.
Um intervalo de 20 minutos também não chega a ser uma grande novidade, já que os atrasos são costumeiros. Os atuais 15 minutos podem ser suficientes para quem está na arquibancada esperando, mas não para quem faz parte do jogo. Leo Moura diz que só dá tempo de descer para o vestiário, respirar e voltar.
A mesma opinião tem o árbitro Evandro Rogério Roman, do quadro da Fifa.
- Acho que a imprensa deve fazer o seu trabalho na saída para o intervalo. Mas, atualmente, depois de esperar a escolta policial e ir até o vestiário, tenho três ou quatro minutos antes de retornar. Então imagino a situação de um técnico, que tem de usar esse tempo para falar com os jogadores.